Por um bom tempo a marca Puma vem tentando desenvolver tênis para corrida, mas há pouco vem conseguindo criar calçados que atingem um bom desempenho durante o treino. O modelo da marca que vem chamando a atenção é o Ignite. Nele podemos encontrar alguns dos principais aspectos que desejamos em um tênis durante a corrida: amortecimento, retorno de energia, durabilidade e conforto.
Sola.
Com cerca de 9 anos de pesquisas e testes, a Puma chegou ao Ignite e deu a ele várias tecnologias:
Para a durabilidade da sola, o Ignite possui a tecnologia EverTrack que consiste em uma aplicação de borracha de carbono nas áreas de maior atrito do solado.
Há também o Cellasto, que é uma peça em espuma aplicada na região do calcanhar. Esta tecnologia é inspirada na engenharia de amortecimento da indústria automobilística e gera maior resistência nas áreas de impacto, garante uma aterrisagem mais suave e o mesmo desempenho em temperaturas altas e baixas (entre -20°C e +40°C).
A tecnologia FlexGroove são os ranhuras em locais específicos do solado que dão maior flexibilidade a cada passada.
E, por fim, o Ignite possui a Linha de Transição, um profundo sulco que vai do calcanhar à parte frontal. Esta tecnologia ajuda a manter uma pisada neutra durante o treino (quer saber mais sobre tipos de pisada? Clique aqui!).
Entressola.
A Puma conseguiu boas críticas ao implantar um novo material em sua sola: o Poliuretano (PU). Se lembra desse material? Pois bem, é o famoso material usado nas entressolas da linha Boost da Adidas. Claro, a puma articulou uma maneira diferente dos alemães para utilizar o poliuretano.
No Ignite o PU é usado de forma líquida e derramado em um molde com o formato da entressola, só então é refrigerado para se solidificar. Com este material na entressola, o Ignite se fez um tênis responsivo e de bom amortecimento.
Mais um detalhe para as vantagens de uma entressola em PU é a sua natureza não-compressiva, dando ao calçado uma vida útil maior para corridas. Isso pode ser notado quando, depois de um tempo de uso, a entressola não desenvolve vincos de compressão, efeito visto em espumas com base em EVA.
Outro tabu quebrado pela Puma Ignite – e pela linha Boost adidas – é de que calçados que usam PU como base para entressolas tendem a ser pesados. Porém, aqui temos um calçado que pesa cerca de 310g (nº41). Claro, não é ainda tão leve, mas se comparado aos calçados de entressola em EVA, podemos dizer que há uma diferença mínima quando colocamos também na balança os benefícios adicionais que o PU agrega aos tênis de corrida.
A firmeza em sua entressola faz do Puma Ignite um bom calçado para quem corre em asfalto, além de ajudar no estabelecimento de cadência (quantidade de passos por minuto) e proporcionar uma transição de qualidade.
Parte superior
Composta por uma malha leve e respirável, a parte superior do Ignite é ampla, com espaço e conforto para a parte frontal dos pés. Além disso, não há costuras laterais e nem frontais, o que evita aquela fricção tão indesejada.
Em sua parte superior encontra-se alguns pontos negativos para os corredores mais exigentes. Um deles é que o material usado nesta parte do tênis é um pouco “resistente demais”, o que faz do Puma Ignite um daqueles calçados que precisa ser “amaciado”. Fator este que se resolve com o uso contínuo, mas que em primeiro momento pode gerar um pouco de desconforto. Outro ponto negativo é a língua muito fina deste Puma. Durante o uso pode se sentir no peito dos pés a pressão gerada pela amarra dos cadarços.
Em linhas gerais, a Puma está no caminho certo. O Puma Ignite atende satisfatoriamente às principais necessidades dos praticantes de corrida.
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