A corrida, seja ela na rua ou na academia, é uma modalidade esportiva que a cada dia tem conquistado mais adeptos. E o motivo não é difícil de entender, já que os benefícios que ela proporciona são inúmeros. Redução da obesidade, hipertensão, diabetes, do estresse, aumento da disposição, capacidade antioxidante, custo extremamente baixo e claro, te ajuda a conquistar a sonhada boa forma. Esses são só alguns dos motivos que mostram que você escolheu bem a maneira de se “mexer”. Mas como tudo não é perfeito você precisa ficar atento às possíveis lesões que a corrida pode causar.
A incidência de lesões, principalmente nos pés, tornozelos, joelhos e quadril é alta, variando de 19,4% a 79,3%. Os fatores que geram uma lesão se sobrepõem, e por isso, muitas vezes quando um praticante de corrida se lesiona, encontramos mais de um fator causador. Existem fatores chamados de intrínsecos que são próprios de cada pessoa, e incluem a flexibilidade do indivíduo; as lesões que ele já teve; o peso; altura; condicionamento cardiovascular e alterações anatômicas, como por exemplo, joelhos valgos.
Os fatores ditos extrínsecos envolvem a intensidade, duração, frequência do treinamento; o descanso; o tipo de superfície, se areia, asfalto, grama; o tipo percurso, se irregular, tortuoso, declive; a alimentação e o tipo de calçado.
Aqui apresentamos algumas das lesões mais comuns que acometem os praticantes da corrida. Não se assuste com os nomes e fique tranquilo, ao final você irá perceber como evitá-las.
Fratura por estresse do calcâneo
O calcâneo é o maior osso do pé e é ele que forma o calcanhar. A fratura desse osso ocorre, normalmente, em praticantes com sobrepeso, que não utilizam um tênis apropriado para a modalidade, com o devido amortecimento e também naqueles que não têm uma boa biomecânica da corrida, pisando primeiro com o calcanhar no solo e gerando todo o impacto nesse osso. Nesse caso o atleta é obrigado a suspender os treinos até que haja recuperação da lesão, que é feita com fisioterapia. Interessante você saber que a fratura por estresse é muito comum também nos ossos tíbia e fêmur.
Esporão calcâneo
Quem nunca ouviu falar no esporão? O que muitas pessoas não sabem é que ele pode surgir por causa da corrida. Ele é uma protuberância óssea que se desenvolve atrás do calcanhar e aparece em pessoas que tem o arco do pé elevado. Quando a curvatura do pé é exagerada facilita com que o osso calcâneo fique espremido na parede do tênis, gerando inflamação, dor, desalinhamento e alargamento dele. A bolsa de fluidos formada, chamada bursa, tenta proteger as estruturas, mas acaba aumentando ainda mais a dor. Para prevenir fica claro que o seu tênis não pode ser rígido, principalmente na parte do calcanhar.
Tendinopatia
Os tendões são as estruturas em nosso corpo que unem os ossos aos músculos e permitem seus movimentos. Na corrida, os tendões dos pés e tornozelos são os mais susceptíveis a essa lesão, que gera muita dor, devido à inflamação, e pode até causar deformações quando o quadro for mais crônico. A tendinite do tendão de Aquiles é a mais temida pelos corredores. As causas mais comuns dessa lesão são o uso excessivo do tendão, sem oferecer o tempo adequado de descanso e recuperação para essa estrutura do corpo; tipos anatômicos anormais de pés (como o pé plano valgo, o hiperpronado), encurtamentos, pisadas erradas, que são alterações que causam desequilíbrio na musculatura e que podem ser corrigidas com o auxílio de um tênis apropriado para cada caso.
Entorse de tornozelo
Essa lesão é muito comum nos praticantes da corrida e ocorre quando os ligamentos (estruturas que unem duas extremidades ósseas permitindo sua articulação) são forçados além da sua capacidade elástica, gerando uma entorse e até rotura das suas fibras. Para evitar que isso ocorra enquanto estiver correndo é preciso que você fique atento à superfície escolhida para a prática, que não deve ser muito irregular; ao calçado, que deve ser trocado sempre que a sola estiver desgastada e ao descanso oferecido ao corpo.
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